A Guide to the Good Life

Título:

A Guide to the Good Life

Autor:

William B. Irvine

Ano:

2009

ISBN:

9780195374612

Idioma:

eng

Nota:

3/5

Eu gostaria de discordar de mim mesmo e me vangloriar, de uma maneira muito não-estoica, que este livro é filosofia mastigada e, portanto, inferior aos textos canônicos. Mas ler a perspectiva de um contemporâneo sobre o assunto me poupou muito processamento cerebral. Os textos de Marco Aurélio, por exemplo, eram notas pessoais para si mesmo, de forma que não seguem necessariamente uma sequência lógica, e ele quase certamente não tinha a intenção de publicá-los. Portanto, ele não se importou nem um pouco com a concisão e o estilo de escrita. Irvine fez um trabalho maravilhoso ao converter os ensinamentos dos velhos filósofos para uma linguagem mais palatável e moderna.

Este livro introduz suavemente o leitor aos filósofos da antiga Roma e Grécia e tenta exatamente aquilo que o título promove: ser um guia para a boa vida, ou seja, buscar a tranquilidade acima de tudo. Como? Evitando sentimentos negativos. Sim. Embora eu duvide totalmente que evitar sentimentos seja humanamente possível (e aposto que muitos terapeutas cognitivo-comportamentais concordam comigo), Irvine revisa técnicas estoicas para ajudá-lo nessa tarefa, como a visualização negativa (“é ruim, mas poderia ser pior!”) e se importar apenas com o que está sob seu controle.

Enquanto este último faz sentido e é constantemente repetido em círculos terapêuticos, não consigo ver como o primeiro não causará mais ansiedade do que benefícios. Mas cada um com suas próprias escolhas. No final, é um livro interessante e Irvine entende do assunto, mas se você sofre de depressão, ou está apenas triste com algo, eu diria que é melhor procurar apoio em outro lugar.