Aproveitando que consegui vencer a inércia de escrever e estou dando um novo sopro de vida ao blog, decidi fazer algo que nunca havia feito em 20 anos de presença online: resumos semanais. É um comprometimento a mim mesmo de escrever alguma ou qualquer coisa, mesmo que seja algo tão simples quanto o que comi ante-ontem. A ideia é não deixar os músculos da escrita enferrujar, como fiz das outras vezes.

Feira do MST

Domingo passado (11/05/2025) aconteceram dois eventos em São Paulo de grande interesse meu: a feira do MST e o show do System of a Down. Só mesmo eventos dessa magnitude e ao mesmo tempo para me fazer sair de casa e ir à capital. O show começaria somente às 21h, então eu e minha esposa decidimos ir mais cedo para curtir um pouco a feira.

Nunca havia visitado uma feira do MST, por isso fiquei bastante impressionado. O evento foi no parque da Água Branca, um lugar imenso e lindo. Chegamos às 15h esperando cobrir boa parte do território até irmos embora, mas mal conseguimos passar pelas barracas de produtinhos de cada estado. Era muita coisa para explorar.

A feira estava repleta de produtores do Brasil inteiro, trazendo produtos sem agrotóxicos e típicos de suas regiões. Iguarias que jamais havia provado, como o licor de jenipapo e o café de babaçu. Batemos um vatapá na barraca da Bahia na praça de alimentação. Estava delicioso e por um preço inesperadamente acessível. De quebra, acabei topando com a melhor erva mate que já provei.

Show do System of a Down

O último álbum da banda foi em 2005 e seus integrantes estão beirando os 60 anos. Mesmo assim, foi um dos shows mais enérgicos que já assisti graças aos fãs. Não sei como, mas diversas pessoas burlaram a revista de segurança na entrada e conseguiram entrar com sinalizadores. Deu um belo charme ao espetáculo. Na pista havia até mesmo uma artista circense cuspindo fogo. Como ela conseguiu entrar com tochas e líquido combustível? Talvez esse feito em si seja maior do que cuspir fogo.

A banda tocou lindamente todos os hits e não-tão-hits da sua discografia. Apesar disso, achei que a presença de palco da banda deixou um pouco a desejar. Serj Tankian estava um pouco apático, como se não quisesse estar lá. Depois do show, fiquei sabendo por uma amiga que Serj não queria estar lá mesmo. Ele confessa no livro biográfico da banda que, depois de tantos anos, que ele mudou, que suas piras são outras e que o System of a Down não faz mais sentido pra ele. Eu o entendo perfeitamente.

Revivendo o blog

Acordei uma manhã dessas com vontade de escrever. Não “escrever” simplesmente, mas “escrever num blog”, tal como eu fazia há 20 anos atrás. Resolvi então dar uma garibada na interface do Nébula Rasa, me baseando dessa vez nos preceitos da smolweb: elementos semânticos nativos do formato HTML ao invés de uma cadeia infinita de divs; menos imagens e ícones inúteis e mais elementos funcionais; e, acima de tudo, zero Javascript. A vantagem dessa abordagem, além de um código mais sano e fácil de manter, é a usabilidade em navegadores mais antigos e conexões ruins. Não é muito, mas é a minha contribuição a uma web mais acessível e menos bostificada.