Olhai o paintbrush do campo: Parte 1

Esta é minha introdução aos fatos que ocorreram um dia depois do Natal de 2008. Sim, o nerd aqui foi jogar bola, errou a trave e foi queimado por uma taturana cadente. Sim, houve um crime com tinta branca em um lugar longe da cidade.
No momento em que a prima da minha namorada telefonou, estampou-se na testa dela os dizeres “PUTA QUE”, e “PARIU” na linha de baixo. Quando chegamos na pequena comunidade, formada por meia dúzia de casas e cujo histórico de crimes cometidos estava, até então, em branco — ironicamente –, vislumbramos em seguida a arte sacra dos vagabundos. Alguém havia arrombado a janela, invadido a casa. Nada foi roubado, mas utilizaram as latas de tinta branca, que seriam destinadas ao retoque da cerca, cuja cor estava se desbotando, para pixar todo o interior. Não acredita? Eis o registro fotográfico do crime.
Um simbolismo de profundo significado.
Pobre rádio.
Irrecuperável…
Os moradores, que estavam viajando e não testemunharam o ato, ficaram completamente desconsolados, inconformados e todos demonstravam um sentimento pessoal de impotência por não saber quem cometeu o crime e por quê. Todos os quadros da casa foram pixados, assim como as portas, camas, sofás e inclusive a televisão, que foi inteiramente coberta de tinta branca.
Neste momento, eu pensei em três coisas:
i) Filhos de uma égua.
ii) Estranho, não pintaram a borda da privada no banheiro — esbocei aí um leve sorriso de canto de boca, mas passou logo.
iii) Preciso postar isso no blog.
Contudo, para variar um pouco, resolvi deixar a narrativa de lado e partir para a história em quadrinhos. O ocorrido foi demasiadamente fantástico e pouco corriqueiro para que eu adote uma postura corriqueira na hora de expô-la a vocês, amiguinhos. A história foi meio longa, portanto levará um tempo até eu terminar a continuação (que será feita em duas etapas, creio). Aguardem pelo próximo capítulo.