Malícias de um professor de Esperanto
É época de festivididades, na qual comemoramos o nascimento do menino Noel, e na qual mantemos nossas mentes e corações abertos. Aproveitemos este período de abertura para que introduzir em vocês, caso já não o esteja, algumas notícias sobre o Esperanto.
Para os que pegaram o triciclo andando, Esperanto foi uma língua engenhosa e meticulosamente criada por Lázaro Zamenhof no final do século XIX. Sua missão: servir de instrumento fácil e preciso de comunicação entre as nações e depôr o tendencionismo da língua comercial dominante — na época, o francês –, que serve de estandarte à soberania e controle de um país (ou grupo de países) em especial sobre todos os outros.
Com o advento da Internet, o número de falantes cresceu espantosamente. Digo isso porque se estima um número de muitos milhões de falantes — número bastante razoável, se considerarmos que antes da década de 40, o Esperanto, em parte da Europa, era “coisa de judeu”, e posteriormente “coisa de comunista”. Hoje há revistas em esperanto dentro dos mais variados campos, assim como livros escritos diretamente em ou traduzido para a língua.
“Mas se a língua foi construída, então ela deve ser muito artificial / acultural / tediosa / nascida morta”, dizem alguns. O mais legal disso tudo: não. O Esperanto foi construído e à sua volta envolveu-se uma cultura rica, uma colcha que vem preservando e enaltecendo os costumes e idéias de cada país ou região distintivamente, mas sem corrompê-los ou destruí-los; A língua foi manufatarada qual tal a prótese de um fêmur, sendo a cultura esperantista o tecido muscular que envolve a prótese pouco a pouco, como se o material sempre tivesse feito parte do corpo.

Pode chorar, Zamenhof, eu sei. Essa foi bonita mesmo.
Agora tomemos o rumo das notícias sobre as quais comentei no princípio.
O Departamento Ucraniano de Educação recomendou que o Esperanto seja ensinado em todas as escolas da Ucrânia. A matéria atualmente é ensinada como cadeira eletiva em algumas escolas, mas o Ministro da Educação acredita que “o Esperanto pode ajudar a Ucrânia a ser o centro da Europa”. Fonte: Youth Truth
“Nos Estados Unidos, a introdução do Esperanto como língua estrangeira nas escolas surge em terceiro lugar como as melhores idéias para o governo de Obama em relação à educação, segundo o site Change.org, onde internautas de todo o mundo podem sugerir propostas para mudar o país. Há indícios ainda não confirmados de que o Esperanto ajuda, e muito, no aprendizado de outras línguas.” Fonte: Change.org
Ĝojan novan jaron al ĉiuj karaj legantoj!
Um alegre ano novo a todos os caros leitores!