A grande rede do LHC
Quando o Large Hadron Collider (grande colisor de hádrons) for ativado, um universo de partículas será encontrado nos detectores do CERN, possivelmente entre elas os famigerados bósons de Higgs — partícula subatômica que colocará uma pedra no assunto sobre a origem do Universo, da vida e tudo mais. O problema é que surgirá mais informação para ser processada do que em uma partida de Homeworld.

Monitor do CERN detectando partículas depois do choque entre duas frotas espaciais.
A solução encontrada pelos cientistas foi distribuir pacotes de dados para universidades e centros de pesquisa espalhados pelo mundo, dispostos a contribuir com o projeto. Os servidores estarão interligados através de uma grande rede, um emaranhado paralelo à Internet. Os dados transmitidos para cada serão decodificados localmente e, ao final, enviados de volta para o CERN. É como a mamãe águia que vomita minhocas já mastigadas e digeridas nos biquinhos dos filhotes, só que, no caso do LHC, a história é ao contrário: 100 mil aguiazinhas regurgitarão minhocas para dentro da boca de uma gigantesca, monstruosa mamãe águia colisora de partículas subatômicas.
Procedimento parecido aconteceu na década de 90, quando o SETI (um centro tecnológico de procura por inteligência extraterrestre) lançou o famoso protetor de tela SETI @ Home. Com isto, trekkers e fãs de Arquivo X tinham o privilégio de conceder o processamento ocioso de seus computadores para depurar informações enviadas pelas antenas de Arecibo. Como as informações eram muitas mesmo para os computadores de Berkley processarem, dividir a tarefa com algumas boas almas pareceu a solução ideal e mais barata gratuita. Caso seu computador fosse o responsável por decodificar um sinal genuinamente alienígena, você não ganharia recompensa em dinheiro, mas, sim, um certificado plastificado alegando que você “foi um dos responsáveis por encontrar vida fora da Terra”. Eu daria meus três rins por um desses na porta do meu quarto.
Fonte: de 12 volts
E quarta-feira, 10 de setembro de 2008, vão enfiar o LHC na tomada. Uns temem o surgimento de microburacos-negros, outros acham que o aparecimento de monopólos magnéticos afetará a economia global com a Suíça dominando o comércio de ímãs.
E você, o que acha que vai dar? Topam fazer um bolão?
Update: Faça parte agora você também da comunidade Eu não morri com o LHC! Isso se você obviamente fez algumas análises para concluir se não morreu mesmo.